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Coreia do Norte

Morreu o líder da única dinastia comunista da História

19 dez, 2011

Funeral realiza-se para a semana. Kim Jong-Un, filho mais novo, sucede na liderança da única dinastia comunista da História, num dos países mais isolados do mundo.

Morreu o líder da única dinastia comunista da História
A televisão estatal norte-coreana anunciou esta segunda-feira a morte de Kim Jong-Il, de 69 anos, que liderava os destinos da Coreia do Norte há quase duas décadas. O "Querido Líder", como impôs que fosse chamado num regime autoritário e de culto de personalidade, terá sucumbido a um ataque cardiaco no passado sábado quando viajava de comboio. O filho mais novo, Kim Jong-Un, vai suceder-lhe à frente do país.
Morreu o líder da Coreia do Norte, um dos mais isolados líderes mundiais, anunciou hoje de madrugada a televisão estatal de Pyongyang. Kim Jong-Il, de 69 anos, terá sofrido um ataque de coração numa viagem de comboio, no sábado.

Kim Jong-il sofreria de problemas cardíacos e de diabetes.

Conhecido como "Querido Líder", Kim Jong-Il chefiou o regime de Pyongyang durante 17 anos, durante os quais se empenhou em transformar o país numa potência nuclear.

Após a sua morte, o regime norte-coreano deu início à transferência de poder para o filho mais novo do ditador, Kim Jong-Un.

Na comunidade internacional, as primeiras reacções foram de cautela. As tropas da Coreia do Sul entraram de imediato em estado de alerta máximo e as autoridades de Tóquio convocaram uma reunião do gabinete de crise, dado que há mísseis de Pyongyang apontados ao Japão.


“Querido líder” não permitia dissidências
Kim Jong-il assumiu o poder em 1994, após a morte do seu pai, Kim-il-Sun. Seria designado Presidente eterno e, tal como o seu pai, prosseguiu a política do isolamento com o exterior, reprimindo de maneira dura e, muitas vezes, violenta qualquer tentativa de dissidência interna.

O “Querido Líder”, como era chamado, foi responsável por centenas de detenções de cidadãos estrangeiros, planeou atentados terroristas e reforçou um sistema de vigilância apertada que tornou os cerca de 22 milhões de cidadãos em prisioneiros no seu próprio país.

A Coreia do Norte continua na lista negra dos países que alegadamente promovem actos terroristas e na lista dos que prosseguem o fabrico de armamento nuclear.

Tecnicamente, o regime comunista norte-coreano está ainda em guerra com a vizinha Coreia do Sul e permanece distante do mundo.

O culto da imagem de Kim Jong-il está em todo o lado e em toda a gente. Cidades e populações eram obrigadas a usar a imagem de Kim-Jong-il, bem como do seu filho, que sucede agora ao pai.

Kim Jong-il estava afastado da vida pública desde 2008, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Morreu no fim-de-semana, aos 69 anos, durante uma viagem de comboio. O funeral está marcado para o dia 28.