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Mais de 350 mil migrantes chegaram à Europa pelo Mediterrâneo

01 set, 2015

Balanço da Organização Internacional para as Migrações revela que mais de 2.600 morreram no mar, desde Janeiro.

Mais de 350 mil migrantes chegaram à Europa pelo Mediterrâneo
Mais de 350.000 migrantes atravessaram o Mediterrâneo desde Janeiro e mais de 2.600 morreram no mar quando tentavam chegar à Europa, anunciou esta terça-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

A Grécia é a principal porta de entrada destas pessoas, sobretudo sírios e afegãos: 234.778 chegaram às ilhas gregas. À Itália aportaram 114.276, enquanto mais de 2.000 alcançaram a Espanha e cerca de uma centena chegou a Malta.

Já na Europa, através da Macedónia, Sérvia e Hungria tentam chegar aos países onde desejam pedir asilo, como Alemanha, Áustria e Suécia.

A Europa enfrenta um afluxo de pessoas sem precedentes, já qualificado por Bruxelas como a pior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial. Os ministros do Interior dos países da União Europeia vão realizar uma reunião a 14 de Setembro em Bruxelas, numa altura em que a Europa tenta encontrar soluções para o agravamento da crise migratória.

A maior parte das pessoas foge de guerras e perseguições, colocando-se à mercê das redes de tráfico numa tentativa de encontrar melhores condições de vida e segurança. Aceitam, por isso, fazer uma perigosa travessia em barcos e condições precárias.

Um terço dos homens, mulheres e crianças que alcançaram as costas da Grécia ou de Itália desde o início do ano é oriundo da Síria, palco de uma guerra civil desde 2011, segundo o Alto Comissariado para os Refugiados da ONU (ACNUR). As pessoas que fogem da violência contínua no Afeganistão e do repressivo regime da Eritreia representam 12% do total, segundo o relatório. Somália, Nigéria, Iraque e Sudão são outras das principais proveniências dos migrantes.

Em Junho, em resposta à crise, os chefes de Estado e de Governo dos 28 países da União Europeia aprovaram repartir entre si 60 mil refugiados nos próximos dois anos. No entanto, os 28 não aceitaram definir quotas, sendo o acolhimento feito com base de modo voluntário.

Em todo o ano de 2014, o número de migrantes que atravessou o Mediterrâneo ascendeu a 219.000, tendo morrido ou desaparecido no percurso 3.500, segundo as Nações Unidas.