30 jul, 2015
A Casa Branca vai analisar a petição pública em defesa da extradição de um cidadão norte-americano que matou o leão mais famoso do Zimbabué.
A petição ultrapassou os 100 mil subscritores, cumprindo assim o requisito para ser apreciada pela Casa Branca.
Os subscritores exigem que o norte-americano Walter Palmer, um dentista do Minnesota e caçador nos tempos livres, seja extraditado para o Zimbabué para “enfrentar a justiça” por matar ilegalmente um “ícone nacional”.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse esta quinta-feira que será o Departamento de Justiça a responder a um eventual pedido de extradição para o Zimbabué.
A morte do leão Cecil provocou uma onda de indignação mundial e está já a ser investigada pelas autoridades do Zimbabué e dos Estados Unidos.
No início do mês de Julho, foi encontrado esfolado e decapitado fora do Parque Nacional de Hwange, onde habitava, mas a notícia só foi conhecida no último fim-de-semana.
A culpa foi primeiro atribuída a um caçador espanhol, no entanto, as autoridades acabaram por identificar o norte-americano Walter James Palmer como sendo o responsável pela morte do animal.
Palmer é um dentista que tem como "hobby" caçar leões, ursos, rinocerontes ou renas, publicando depois as fotos dos troféus de caça na sua página do Facebook.
O caçador admitiu ter morto Cecil, pediu desculpa e disse que o fez por estar convencido de que a caçada em que participava era legal e que tinha "todas as licenças" necessárias. Terá pago cerca de 50 mil euros para matar o felino.
À porta da clínica de que é proprietário no estado norte-americano do Minnesota, já houve várias manifestações de revolta, com papéis colados e peluches de animais selvagens.
No Zimbabué, os dois guias que acompanharam Palmer na caçada foram detidos e presentes a tribunal pelo crime de caça furtiva. Enfrentam agora uma pena que pode ir chegar aos 15 anos de prisão.