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Tsipras luta para manter unidade dentro do Syriza

30 jul, 2015

Ala mais radical do partido defende que o acordo alcançado em Bruxelas para o terceiro resgate à Grécia constitui uma violação dos princípios do Syriza.

Tsipras luta para manter unidade dentro do Syriza
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apelou a "um congresso aberto e democrático" ao falar esta quinta-feira ao comité central do partido, em Atenas. Propôs aos membros do Syriza um referendo interno já no próximo domingo ou de um congresso extraordinário em Setembro. Na semana passada, uma facção do partido contestou o acordo estabelecido com os credores e votou contra as primeiras reformas exigidas pelos credores. Tsipras ficou com uma minoria de 151 deputados (em 300) para aplicar o nov

O partido do governo grego, o Syriza, reúne-se esta quinta-feira e sobre o líder, e primeiro-ministro, Alexis Tsipras recai a tarefa de tentar manter a unidade.

Numa entrevista a uma rádio grega, o chefe do Governo disse que, se perder a maioria parlamentar ,vai ter de avançar para eleições antecipadas.

O Syriza é constituído por vários pequenos partidos e movimentos. A ala mais radical defende que foram violados os princípios do Syriza com o acordo alcançado em Bruxelas, que abre portas ao terceiro resgate. Esta corrente entende ainda que os resultados do referendo ao “Não” ao acordo com os credores internacionais acabaram por ser pervertidos.

No início desta semana, o ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, pediu oficialmente ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em mais um passo nas negociações para um novo resgate da Grécia.

Cumprindo a exigência feita a 13 de Julho pelos outros Estados da Zona Euro, numa cimeira realizada sob grande tensão, Tsakalotos escreveu, numa missiva enviada a Christine Lagarde, directora-geral do FMI: "Queremos informá-la de que precisamos de um novo empréstimo".

O Syriza queria, inicialmente, dispensar um novo programa de ajuda do FMI, por considerar que a instituição é demasiado rígida quanto à imposição de medidas de austeridade.

O pedido de um novo empréstimo, que pode ascender a 86 mil milhões de euros, vai ser agora discutido com o FMI, parceiros europeus e Atenas.