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Portugueses em Newark preocupados com aumento da insegurança

28 jul, 2015

Armando Fontoura, o xerife local, oferece uma recompensa de nove mil euros para quem tiver informação sobre o assassinato de Agostinho Sousa, baleado no domingo.

Portugueses em Newark preocupados com aumento da insegurança
O homicídio de um cidadão português, no domingo, em Newark, no estado de Nova Jersey, está a preocupar a comunidade portuguesa, que reclama pela falta de segurança nas ruas.

Agostinho Sousa, de 40 anos, foi baleado de manhã à porta de um café onde era cliente habitual, em circunstâncias que permanecem por esclarecer. A comunidade admite ter-se tratado de mais um assalto.

Newark é uma das cidades mais violentas dos Estados Unidos – a oitava mais violenta entre as cidades com menos de 75 mil habitantes – e há dois anos registou o maior número de homicídios desde 1990, com 111 assassinatos.

O xerife do condado onde fica a cidade, o luso-americano Armando Fontoura, oferece uma recompensa de 10 mil dólares (9 mil euros) a quem fornecer informações que ajudem à captura do assassino.

O chefe da polícia da cidade, o também luso-descendente Anthony Campos, disse à imprensa que incentiva "todos os que obtiverem informações para colaborarem com as investigações".

Luís Pires, chefe de redacção do jornal Luso-Americano, diz à Renascença que os portugueses têm sido vítimas de uma onda de assaltos e agressões, e que é no bairro português de Newark que mais aumentou o sentimento de insegurança. Segundo o jornalista, houve um “decréscimo de mais de 600 polícias” e actualmente “apenas um ou dois carros patrulhas vigiam o bairro”. A diminuição do efectivo policial ocorreu “por razões financeiras, da autarquia”, acrescenta.

A Renascença falou ainda com alguns comerciantes que confirmam esse aumento da insegurança em Newark.

Na próxima semana haverá uma manifestação da comunidade portuguesa, junto do local onde Agostinho Sousa foi morto, exigindo mais policiamento.

Em Newark vivem pelo menos 30 mil portugueses e lusodescendentes, e o bairro da comunidade portuguesa – Ironbound – é um dos que mais contribuem para o desenvolvimento económico da cidade, acrescenta Luís Pires.