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Passos. "Referendo não põe em causa zona euro e integridade do euro"

06 jul, 2015

Primeiro-ministro diz que "cabe à Grécia escolher se quer ou não permanecer no euro e se quer ou não quer ter apoio externo nas condições que as regras do euro exigem".

Passos. "Referendo não põe em causa zona euro e integridade do euro"
O primeiro-ministro de Portugal diz que "a integridade do euro" não está em causa, depois da vitória do "não" no referendo de domingo, na Grécia. "A integridade do euro não está em causa e não creio que o resultado deste referendo ponha em causa, nem a zona euro, nem a integridade do euro", referiu Pedro Passos Coelho esta segunda-feira, em Bissau, onde está em visita oficial.
O primeiro-ministro de Portugal diz que "a integridade do euro" não está em causa, depois da vitória do "não" no referendo de domingo, na Grécia.
 
"A integridade do euro não está em causa e não creio que o resultado deste referendo ponha em causa, nem a zona euro, nem a integridade do euro", referiu Pedro Passos Coelho esta segunda-feira, em Bissau, onde está em visita oficial.

"Creio que na União Europeia, nos últimos cinco anos, já passámos por situações bem mais complexas" e hoje existe "uma capacidade de responder e gerir situações de crise que não existia" na altura, acrescentou.

Para Pedro Passos Coelho, não pode haver retrocessos: "Não acredito que depois de tudo o que passámos que se possa pôr em questão a integridade do euro".

Face ao resultado do referendo de domingo, na Grécia, o líder do Governo português conclui que "mostra claramente que o povo grego não está interessado nos moldes que foram apresentados para as negociações que se desenrolaram entre as instituições da troika e o Governo grego. E devemos respeitar essa vontade".

"Agora cabe ao governo grego saber como quer conduzir a situação do seu próprio país. Nós não podemos ingerir nos outros Estados. Nem Portugal, nem nenhum outro país da UE tem o direito de estar a impor soluções à Grécia", sublinhou.

Pedro Passos Coelho considera que, nesta altura, "cabe à Grécia escolher se quer ou não permanecer no euro e se quer ou não quer ter apoio externo nas condições que as regras do euro exigem".

"Julgamos que agora eles é que têm a palavra. Não entendo que seja útil estar a adiantar seja o que for, porque cabe ao governo grego saber com quer resolver os problemas da Grécia e ir ao encontro das expectativas dos gregos", concluiu.