O co-piloto do voo da Germanwings que se despenhou nos Alpes franceses foi tratado no passado por ter tendências suicidas, confirma o gabinete do procurador de Düsseldorf que investiga o caso. Suspeita-se que Andreas Lubitz lançou deliberadamente o avião contra as montanhas dos Alpes franceses, matando 149 pessoas.
Um comunicado, divulgado esta segunda-feira, especificou que Lubitz esteve em tratamento antes de obter a licença de piloto, mas desde que esta foi emitida não há documentação sobre esse tratamento. "Vários anos antes de obter a sua licença de piloto, o co-piloto esteve num longo tratamento psicoterapêutico revelando tendências suicidas notórias", refere o texto.
A nota indica que desde então, o co-piloto não voltou a mostrar quaisquer sinais de comportamentos suicidas, nem manifestou agressividade em relação aos outros quando tinha consultas médicas.
O site da BBC avança que a comissão especial criada para investigar a tragédia dos Alpes já recolheu amostras que permitiram identificar mais de 80 vítimas. Os investigadores procuram agora a
segunda "caixa negra" que contém os dados técnicos do voo.
A investigação ao acidente em França, ocorrido a 24 de Março, concluiu que o piloto do voo da Germanwings ausentou-se do "cockpit" e foi impedido de voltar a entrar pelo co-piloto, que bloqueou a porta. Nessa altura, Andreas Lubitz, de 28 anos, accionou "deliberadamente" o processo de descida do avião, ignorando as pancadas na porta, as tentativas de comunicação da torre de controlo e os alarmes do próprio aparelho.
O A320, que fazia a ligação entre Barcelona e Düsseldorf, acabou por embater nos Alpes. As 150 pessoas, de 15 nacionalidades, que seguiam a bordo morreram.