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Quatro ministros quenianos suspensos de funções

28 mar, 2015

Uma investigação anti-corrupção está a decorrer. Até ser concluída, os visados abandonaram as funções no Executivo.

Quatro ministros quenianos, citados numa investigação de uma comissão anti-corrupção abandonaram temporariamente as suas funções, a pedido do Presidente Uhuru Kenyatta, anunciou a presidência do Quénia.

Os ministros em causa são os responsáveis pelas pastas da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Pecuário, Feliz Koskei, da Infra-estrutura e dos Transportes, Michael Kamau, da Energia e do Petróleo, David Chirchir, e do Trabalho, Samuel Kazungy Kambi.

Os nomes dos quatro governantes são mencionados num relatório da Comissão de ética e anticorrupção que não foi tornado público. As acusações contra eles não foram divulgadas.

Na quinta-feira, no discurso do Estado da Nação no Parlamento, Uhuru Kenyatta pediu aos agentes de Estado citados no relatório que se retirassem voluntariamente, não tendo referido nomes.

As declarações também já afectaram Francis Kimemia, secretário-geral do governo, com posto de ministro, bem como cerca de 15 outros funcionários e dirigentes de empresas públicas.
Este sábado, o porta-voz do Presidente, Manoah Esipisu, disse que estas suspensões deverão permitir à Comissão anti-corrupção terminar o relatório, que deverá estar pronto no prazo de 60 dias.

O Presidente, em comunicado, "reconheceu que (a corrupção) era o principal obstáculo para a visão comum de segurança, crescimento e prosperidade".

Todos os funcionários do Estado "têm que respeitar os princípios inscritos na Constituição" e "respeitar os mais elevados 'standards' em matéria de integridade pessoal no exercício de funções oficiais", acrescentou.

"É altura de enviar um sinal forte ao país", afirmou, reafirmando que "nenhuma pessoa é intocável e que isto não é mais do que o início de uma guerra incansável contra a corrupção".