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Hospital seguia co-piloto da Germanwings, mas não por depressão

27 mar, 2015

Andreas Lubitz esteve no hospital em Fevereiro de 2015 e a 10 de Março, 14 dias antes da queda do aparelho nos Alpes franceses.

Hospital seguia co-piloto da Germanwings, mas não por depressão

O Hospital Universitário de Dusseldorf revela que Andreas Lubitz, o co-piloto da Germanwings que lançou um avião da Germanwings contra os Alpes franceses, estava a ser seguido naquela unidade, mas não por depressão.

A unidade invoca sigilo médico para não avançar mais pormenores, mas garante que vão colaborar com as investigações e que já estão a fornecer os dados de clínicos de Lubitz às autoridades.

"Estamos inteiramente e sem reservas ao lado dos investigadores da justiça", afirmou Klaus Hoeffken, director clínico do hospital.

Segundo a agência Reuters, que cita fonte hospitalar, Andreas Lubitz, de 28 anos, esteve no hospital em Fevereiro de 2015 e a 10 de Março, 14 dias antes da queda do aparelho.

Esta sexta-feira as autoridades alemãs revelaram ter encontrado documentos que indicam que o co-piloto estava a receber tratamento médico, mas que escondeu a doença da sua entidade empregadora.

Nas buscas feitas às casas do jovem alemão e dos seus pais foram encontrados “atestados médicos" rasgados, inclusive um para o dia da tragédia.

Em entrevista a uma estação francesa, o primeiro-ministro francês afirmou que os primeiros dados da investigação ao desastre do Airbus A320 da Germanwings apontam para um comportamento "louco, incompreensível" do co-piloto. Manuel Valls revelou que Andreas Lubitz procurou ajuda psiquiátrica para um "surto de depressão agudo" em 2009 e continuava a ter acompanhamento médico.

As vítimas do acidente de terça-feira do avião A320 que ligava Barcelona a Dusseldorf são de 15 países, confirmaram as autoridades francesas, acrescentando que maioritariamente as vítimas são espanholas (49) e alemãs (72).