O grupo terrorista Boko Haram terá raptado cerca de 450 mulheres e crianças da cidade nigeriana de Damasak, segundo testemunho de residentes que permaneceram.
O grupo fundamentalista, que recentemente jurou lealdada ao
Estado Islâmico, foi forçado a retirar da cidade após o avanço das forças armadas do Chad e do Níger mas, quando recuou, levou consigo centenas de reféns.
Este número baseia-se em estimativas dos residentes da cidade e não pôde ser confirmado de forma independente, sobretudo, porque o acesso à informação nas zonas mais remotas da Nigéria é muito difícil.
Um comerciante local afirma que os raptores raptaram precisamente 506 mulheres e crianças, mas que mataram 50 antes de abandonar a cidade: “Não sabemos se mataram os outros depois de partir, mas levaram-nos com eles”, diz Souleymane Ali, cuja mulher e três das filhas estão entre os desaparecidos.
“Duas delas iam-se casar este ano. O Boko Haram (que significa educação ocidental é proibida) disse que eram escravas e que por isso iam levá-las, porque lhes pertenciam”, lamenta o comerciante.
As forças do Chad e do Níger, que têm participado numa campanha regional para derrotar o Estado Islâmico, confirmam que na semana passada encontraram, pelo menos, 70 cadáveres de pessoas executadas, debaixo de uma ponte, nos arredores de Damasak.
A Nigéria, o Níger e o Chad têm levado a cabo um esforço conjunto para libertar grandes partes do Norte da Nigéria das mãos dos terroristas, com bastante sucesso, segundo as autoridades nigerianas.
O aumento da violência na Nigéria levou ao adiamento das eleições presidenciais, mas estas foram remarcadas e devem realizar-se no sábado.
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