04 mar, 2015
O autodenominado Estado Islâmico (EI) vai “fazer tudo” para fortalecer a sua presença na Líbia e um pedido de ajuda por parte do país não deve ser subestimado, refere um alto responsável das Nações Unidas.
O enviado especial da ONU, Bernadino Leon, deixou este alerta ao Conselho de Segurança numa altura em que vários grupos rivais estão a tentar controlar a Líbia desde que Muammar Khadafi foi deposto.
“Não tenho dúvidas que grupos terroristas, como o Estado Islâmico, não vão parar perante nada no seu objectivo de jogar com as divisões políticas e consolidar a sua presença e influência na Líbia”, acrescentou Leon.
Bernadino Leon reforça que a comunidade internacional deve estar pronta a apoiar a Líbia nos seus esforços na luta contra o terrorismo.
A Fundação Quilliam, que se dedica ao estudo do terrorismo, revelou esta quarta-feira um documento do autodenominado Estado Islâmico sobre rotas e planos estratégicos daquele grupo extremista na Líbia.
No documento, intitulado "Líbia: A porta de entrada estratégica para o Estado Islâmico", o grupo terrorista considera que os jihadistas têm que ir urgentemente para a Líbia, um país de grande importância do ponto de vista económico e que potencia a infiltração de operacionais na Europa.