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Terrorismo. Chefe de segurança admite que nível de segurança do Vaticano está em alta

02 mar, 2015 • Aura Miguel

Jihadistas falam frequentemente do desejo de atacar Roma, que encaram como símbolo do Ocidente cristão.

Terrorismo. Chefe de segurança admite que nível de segurança do Vaticano está em alta
O Vaticano admite que o seu nível de segurança está alto devido à ameaça de terroristas islâmicos.

Numa rara entrevista, concedida à revista italiana "Polizia Moderna", o comandante Domenico Gianni, responsável máximo pela segurança do Papa, revela que os serviços de segurança do Vaticano estão em contacto permanente com os seus colegas italianos e de outros países estrangeiros e que o estado de alerta é permanente.

As ameaças não vêm só do autodenominado Estado Islâmico, havendo também o risco de haver acções solitárias, o que torna tudo mais perigoso, porque estas são por natureza mais imprevisíveis.

Interrogado sobre como o Papa enfrenta estas ameaças, Gianni refere que Francisco não pretende abandonar o estilo do seu pontificado. "O Santo Padre não pretende abandonar o estilo do seu pontificado, fundado na proximidade, isto é, no encontro directo com o maior número possível de pessoas", disse.

"Antes de ser Papa, ele continua a ser um padre que não quer perder o contacto com o seu rebanho. Por isso, nós que somos responsáveis pela sua segurança temos de nos adaptar a ele, e não ao contrário. Devemos fazer tudo para que ele possa continuar a desempenhar o seu ministério como deseja e como acredita”, conclui o homem forte da segurança de Francisco.

A ascensão do grupo terrorista Estado Islâmico, bem como os recentes ataques em França e na Dinamarca, preocupam os responsáveis pela segurança na Santa Sé. Nos seus vídeos, revistas e mensagens de propaganda, os jihadistas falam frequentemente do desejo de atacar Roma, que encaram como símbolo do Ocidente cristão.