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Varoufakis: "Conseguimos evitar medidas recessivas"

20 fev, 2015

Ministro das Finanças comenta acordo com Eurogrupo em conferência de imprensa. Grécia terá empréstimo de quatro meses. [Em actualização]

Varoufakis: "Conseguimos evitar medidas recessivas"
O ministro grego das Finanças não quis alongar a sua resposta sobre a alegada tensão na reunião do Eurogrupo com os seus homólogos português e espanhol. Varoufakis disse que quer manter "uma excelente relação de trabalho" com os dois ministros para que a Grécia consiga concretizar os seus planos.
O ministro das Finanças grego disse esta sexta-feira que o acordo com o Eurogrupo para uma extensão por quatro meses do programa de ajuda financeira à Grécia foi um "primeiro passo" que vai permitir acabar com o memorando.

"A Grécia termina com o memorando e torna-se coautora das suas reformas e do seu destino", afirmou Yanis Varoufakis, no final de uma reunião do Eurogrupo.

O essencial da conferência de Varoufakis:

  • "Conseguimos evitar medidas recessivas"
  • Grécia não fez ameaças, nem "bluff"
  • O memorando com a troika fica para trás, mas as reformas vão continuar
  • Os quatro meses de empréstimo será usados para reconstruir a Europa e com o FMI
  • Grécia não tomará acções unilaterais que agravem o défice grego
  • Acabaram os dias em que as reformas na economia grega eram prometidas e não cumpridas

 

  • Respondendo à questão sobre se Portugal e Espanha foram contra o acordo alcançado, Varoufakis disse:
    “Eu comprometi-me a dizer a verdade, mas também há uma coisa que são boas maneiras. Foi claro que são motivados pelas prerrogativas políticas deles, que eu respeito. Também é verdade que a Grécia pediu quantias significativas destes países (para Portugal não foi insignificante). Eu em 2010 fui completamente contra estes empréstimos, porque era claro que não iam funcionar. O importante é termos uma conversa sobre como a Grécia e Portugal podem crescer e pagar as suas dívidas. Para fazer isto tenho que manter uma boa relação com os meus colegas. Permitam-me, por isso, que não continue esta resposta.”

    O ministro grego das Finanças acrescentou que 90% do dinheiro que veio dos outros países, incluindo Portugal e Espanha, não foi para a Grécia – foi para os bancos internacionais.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que a reunião desta sexta-feira dos ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, permitiu chegar a um acordo sobre o prolongamento da assistência financeira à Grécia.

Dijsselbloem precisou que a assistência foi prolongada por quatro meses, embora o pedido de Atenas fosse de seis meses, e, em contrapartida, as autoridades gregas comprometeram-se a conduzir uma série de reformas, em linha com as condições previstas no atual programa, tendo que apresentar já na próxima segunda-feira uma lista com medidas.

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