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África do Sul liberta assassino do Apartheid em nome da reconciliação

30 jan, 2015

Eugene de Kock, de 66 anos, foi condenado a prisão perpétua depois de confessar mais de 100 homicídios, actos de tortura e fraude.

O líder dos esquadrões da morte durante o Apartheid na África do Sul, Eugene de Kock, vai sair em liberdade condicional depois de 20 anos de prisão.

Com a alcunha de “Mal Primordial” (“Prime Evil”), de Kock foi responsável por ordenara ataques que mataram e feriram dezenas de activistas que lutavam contra o Apartheid nas décadas de 80 e 90.

O ministro da Justiça sul-africano, Michael Masutha, disse que o prisioneiro seria libertado “no interesse da construção da nação e da reconciliação”.

Eugene de Kock, de 66 anos, foi condenado em 1996 a prisão prepétua.

O ministro da Justiça disse que o local e hora da libertação não seriam tornados públicos, sublinhando que a sua decisão se baseou na constituição da África do Sul.

Sandra Mama, viúva de um homem assassinado por de Kock em 1992, concordou com a decisão. “Acho que vai fechar um capítulo na nossa história e vai ajudar no processo de reconciliação”, disse à BBC.

Eugene de Kock apareceu diante da Comissão da Verdade e Reconciliação em 1994, um ano depois das primeiras eleições democráticas na África do Sul, onde confessou mais de 100 homicídios, actos de tortura e fraude, tomando responsabilidade total pelas actividades do seu esquadrão.