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Portugal e Irão. Nuclear e jihadismo são "preocupações comuns"

26 jan, 2015

Ministro Rui Machete de visita a Teerão. Há 40 anos que um governante português não se deslocava ao país.

Os chefes da diplomacia portuguesa e iraniana, que se reuniram esta segunda-feira em Teerão, assumiram "preocupações comuns", entre as quais o nuclear e o extremismo islâmico.

Depois do encontro oficial, o chefe da diplomacia iraniana, Javad Zarif, falou apenas em persa, mas à saída prestou curtas declarações em inglês aos jornalistas portugueses que acompanham o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que termina esta segunda-feira uma visita oficial de dois dias ao Irão.

Javad Zarif disse que teve "uma conversa muito produtiva" com Machete, que já havia dito o mesmo minutos antes.

"Temos interesses e preocupações comuns", resumiu o ministro iraniano, referindo-se, em concreto, às negociações em curso sobre o programa nuclear iraniano e o extremismo islâmico liderado por organizações terroristas como Al-Qaeda e o autodenominado Estado Islâmico.

Zarif acredita que é possível chegar a um acordo sobre o nuclear, se "os amigos europeus e os Estados Unidos também estiverem interessados nisso".

Reafirmando que o Irão está "comprometido em encontrar uma solução" para o nuclear, frisou: "Acho que podemos [chegar a um acordo]". Mas, alertou, se os Estados Unidos aprovarem mais sanções contra o Irão, isso pode provocar danos.

Sobre o extremismo, o chefe da diplomacia iraniana defendeu uma política internacional concertada.

Rui Machete encontra-se esta segunda-feira à tarde com o Presidente iraniano Hassan Rohani. É a primeira visita de um ministro português ao Irão, em 40 anos.