26 jan, 2015
Um tribunal de Ancara decidiu bloquear as páginas do Facebook que mostrem "conteúdo ofensivo para o profeta Maomé" ou, se isso não for possível, impedir o acesso a toda a rede social.
De acordo com a agência de notícias espanhola Efe, que cita o diário "Cumhuriyet", a decisão resulta de uma investigação das autoridades turcas e já foi comunicada à autoridade das telecomunicações e aos fornecedores de internet.
Até ao momento, a decisão não é ainda efectiva, dado que ainda se pode aceder a numerosas páginas de utilizadores do Facebook que mostram a última capa do semanário francês "Charlie Hebdo", com a caricatura do profeta Maomé.
O Governo turco condenou o ataque à redacção do jornal satírico, acrescentando, no entanto, estar também contra a divulgação de imagens do profeta.
Na altura, os tribunais turcos tomaram medidas para impedir que as caricaturas de Maomé chegassem à Turquia e os juízes ordenaram o bloqueio de vários diários digitais que difundiam a polémica capa ou mostravam fotos da revista nos quiosques franceses.
O ramo da rede terrorista Al-Qaeda no Iémen divulgou um vídeo onde reivindica o atentado como vingança pela publicação de caricaturas do profeta Maomé.
Os escritórios do semanário, no centro de Paris, foram atacados a 7 de Janeiro pelos irmãos Said e Cherif Kouachi, dois jihadistas franceses que mataram 12 pessoas. Os atacantes disseram ter "vingado o profeta" Maomé, caricaturado em diversas ocasiões no jornal satírico.