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Mais um jihadista português terá sido morto na Síria

23 jan, 2015 • Filipe d'Avillez e Celso Paiva Sol

Mikael Batista terá sido atingido por um bombardeamento aéreo nos arredores da cidade curda de Kobani.

O luso-francês Mikael Batista, um dos cerca de 12 portugueses que se encontrava ao serviço do autodenominado Estado Islâmico, terá sido morto perto de Kobani, na Síria, segundo mensagens publicadas nas redes sociais por jihadistas e simpatizantes dos extremistas.

Contactadas pela Renascença, fontes do Governo e dos serviços de segurança portugueses não confirmam a morte.

Mikael Batista cresceu em França, mas a sua família era dos arredores de Chaves. Converteu-se ao islão, radicalizou-se em França e viajou para a Síria juntamente com outro luso-francês, Mikael dos Santos, para combater pelo Estado Islâmico.

Segundo mensagens publicadas nas redes sociais nos últimos dias, Batista terá sido morto em combate perto de Kobani, a cidade curda que fica do lado sírio da fronteira com a Turquia e que está sob ataque do Estado Islâmico há cerca de quatro meses.

A morte do luso-francês, alegadamente devido a um bombardeamento levado a cabo pela coligação internacional, terá sido confirmada inclusivamente pela sua mulher, com quem se casou depois de chegar à Síria. A mulher escreveu na sua conta do Twitter: "Estou de coração partido, mas sei onde te reencontrar. Encontramo-nos no paraíso, meu amor. Mal posso esperar. Que Alá te receba".

Desde a sua conversão, Batista tinha adoptado um nome árabe, sendo conhecido como Omar al Fransi, que significa "Omar, o francês".

A confirmar-se a morte de Batista, este é o terceiro português ou luso-descendente a morrer ao serviço do Estado Islâmico, depois de José Parente se ter feito explodir num atentado suicida no Iraque, e Sandro "Funa" Monteiro, que morreu num ataque da coligação.