Avião da AirAsia “está no fundo do mar”
29 dez, 2014
Afinal, os objectos detectados por um avião australiano não são do Airbus A320-200 desaparecido. A bordo seguiam 162 pessoas.
Foram localizadas duas manchas de óleo e objectos suspeitos no mar, na zona que está a ser coberta pelas operações de busca pelo avião da AirAsia, desaparecido no fim-de-semana. A notícia, ainda sem confirmação oficial, é avançada pela BBC e pela Associated Press. No entanto, as autoridades indonésias já admitem que o aparelho poderá estar no fundo do mar.
As buscas continuam, mas o chefe da Agência Indonésia de Busca e Resgate afirmou que o avião da AirAsia, desaparecido dos radares durante o fim-de-semana, deve estar no fundo do mar.
“A avaliação das coordenadas que já recebemos sugere que está submerso. Presumimos que o avião esteja no fundo do mar. Esta é uma hipótese que vamos desenvolver com base nas avaliações que estão a decorrer”, afirmou Bambang Soelistyo aos jornalistas.
Afinal, os objectos detectados por um avião australiano não são do Airbus A320-20. As autoridades indonésias informaram, contudo, que foram encontradas duas manchas de óleo na área de buscas pelo aparelho. Estas são para já as únicas pistas.
As buscas, que envolvem 30 barcos e 15 helicópteros, decorreram numa área de 100 milhas ao largo da ilha de Belitung, no mar de Java entre Borneo e Java.
Um avião desta companhia 'low cost' com 162 pessoas a bordo desapareceu, na madrugada de domingo, a ocidente da ilha do Bornéu quando percorria a rota entre a Indonésia e Singapura. Segundo as autoridades locais, o Airbus A320-20 transportava sete tripulantes e 155 passageiros, entre os quais 138 adultos, 16 crianças e um bebé.
Uma televisão local informou que 149 dos passageiros têm nacionalidade indonésia, três são coreanos e os restantes são um britânico, um malaio e um nacional de Singapura.
O Airbus 320 deixou de responder pouco depois de ter pedido autorização para mudar a rota, devido às más condições climatéricas.
Terceiro incidente num ano
Este é o terceiro de três grandes incidentes a envolverem companhias aéreas da Malásia este ano.
O voo MH370, da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, despareceu em Março, quando fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim. O aparelho continua desaparecido.
Em Julho, um segundo aparelho da mesma companhia, que operava o voo MH17, foi alegadamente derrubado no leste da Ucrânia, provocando a morte das 298 pessoas a bordo.
A AirAsia é liderada pelo empresário malaio e de ascendência portuguesa Tony Fernandes, que é ainda o patrão do clube inglês Queen Park Rangers.
Numa das sua intervenções sublinhou ser preciso esperar pelos resultados das investigações que ainda decorrem. “Estamos devastados com o ocorrido. É inacreditável, mas ainda não sabemos ao certo o que aconteceu. Temos de esperar pelas investigações que estão a decorrer para saber o que aconteceu”, disse.
[notícia actualizada às 11h00]