O homem que matou dois polícias em Nova Iorque antes de se suicidar no metro da cidade tinha cadastro e costumava publicar mensagens de ódio contra o governo norte-americano e a polícia nas redes sociais.
Segundo o gabinete de Robert Boyce, chefe de departamento da polícia de Nova Iorque, Ismaaiyl Brinsley, de 28 anos, criticou a morte dos afro-americanos Michael Brown e Eric Garner, tendo ameaçado matar polícias como forma de vingança.
"Vou pôr asas nos porcos [nos Estados Unidos, 'pigs' é calão para polícias] hoje. Eles levaram um dos nossos, vamos levar dois dos deles", escreveu Ismaaiyl Brinsley na rede social Instagram, onde publicou ainda uma imagem de um revólver e uma mensagem que dizia ser a última.
Em declarações à CNN, Robert Boyce disse ainda que Ismaaiyl Brinsley esteve preso entre Agosto de 2011 e Julho de 2013 por posse ilegal de arma, tendo sido detido 19 vezes por vários crimes.
Este sábado, os polícias Rafael Ramos e Wenjian Liu patrulhavam o bairro Bedford-Stuyvesant, em Brooklyn, quando
foram atingidos com quatro tiros na cabeça por Ismaaiyl Brinsley, "sem qualquer aviso ou provocação".
"Foram simplesmente assassinados", disse o comissário William Bratton, com base em relatos de testemunhas.
O Presidente Barack Obama condenou o ataque, sublinhando que os polícias merecem o respeito e a gratidão da população todos os dias.
No mesmo dia, Shaneka Nicole Thompson, ex-namorada do atirador, foi encontrada severamente ferida na sua casa em Baltimore. A mulher de 29 anos encontra-se internada em estado crítico, mas estável, tendo dito à polícia que Ismaaiyl Brinsley foi o autor do ataque.
A mãe de Shaneka Nicole Thompson recebeu mais tarde uma chamada do homem, que pediu desculpa por ter disparado contra a filha. Disse que tinha sido um acidente e que esperava que ela sobrevivesse.
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