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Obama. Ataque cibernético não é "acto de guerra", é "vandalismo"

21 dez, 2014

O presidente norte-americano voltou a apontar o dedo à Coreia do Norte e pondera até voltar a pôr a península na lista dos países que patrocinam o terrorismo.

Obama. Ataque cibernético não é "acto de guerra", é "vandalismo"
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não considera que o ataque informático da Coreia do Norte contra a Sony tenha sido um “acto de guerra” mas sublinhou que Washington vai responder “proporcionalmente”.

“Não acho que tenha sido um acto de guerra. Acho que foi um acto de ciber-vandalismo que saiu muito custoso, muito caro. Levamo-lo muito a sério. Vamos responder proporcionalmente”, disse Obama numa entrevista à estação televisiva CNN.

A Casa Branca ainda está a estudar a forma de resposta ao ataque informático que provocou o cancelamento da estreia do filme satírico “X”, onde dois jornalistas norte-americanos (Seth Rogen e James Franco) assassinam o líder norte-coreano Kim Jong-un.

Durante a entrevista Obama avançou que o seu Governo está a ponderar voltar a colocar a Coreia do Norte na lista dos países que patrocinam o terrorismo (da qual a península foi retirada há seis anos).

Obama voltou a sublinhar que a Sony deveria ter consultado consigo primeiro antes de tomar alguma decisão.

“Se criarmos um precedente em que um ditador doutro país pode interromper, através da cibernética, a distribuição de uma empresa ou o seu produto e, como consequência, nós começamos a censurar-nos a nós mesmos, isso é um problema”, acrescentou.

Também o assunto de Cuba, nomeadamente da prisão de Guantanamo, foi referido durante o programa como um dos mais actuais e importantes.
 
Sobre a prisão de alta segurança, que mereceu ao longo dos anos várias críticas internacionais e internas, Obama prometeu que vai fazer tudo o que poder para a encerrar.

“Vou fazer tudo o que posso para fechá-la. É algo que continua a inspirar jiahdistas e extremistas à volta do mundo, o facto de estes homens ainda estarem detidos”, justificou.
“É algo contrário aos nossos valores e é muito caro”, acrescentou.

Na mesma entrevista Barack Obama mencionou ainda Putin, como alguém que não parece tê-lo “enrolado nem aos Estados Unidos da América”, referindo-se a algumas acusações de que o Presidente russo estava a conseguir manipular o ocidente.