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Senador republicano critica aproximação com Cuba

17 dez, 2014

Barack Obama e Raúl Castro anunciaram o início da normalização das relações entre os dois países, cortadas há mais de meio século.

A aproximação entre governos norte-americanos e cubanos não é pacífica dentro dos Estados Unidos. Os republicanos não concordam.

Logo após o anúncio de Barack Obama, Marco Rubio, senador republicano de origem cubana pelo estado da Florida, não poupou críticas à decisão de retomar relações diplomáticas com o regime de Havana.

Rubio lamenta que a Casa Branca tenha feito inúmeras cedências sem receber nada em troca. “Este Presidente é o pior negociador de que tenho memória na Casa Branca. Ele [Obama] deu ao Governo cubano tudo aquilo que lhe foi pedido e em troca não recebeu qualquer garantia de avanços no sentido da democracia e da liberdade em Cuba”.

Marco Rubio, candidato a candidato à Casa Branca, considera “inaceitável que o único povo que neste hemisfério não conhece a democracia seja o povo cubano. O nosso grande objectivo devia ser o de criar as condições necessárias para uma abertura política em Cuba que permita ao povo escolher o governo que quer e o modelo económico que pretende. Mas as medidas hoje tomadas não nos levarão a lado algum”.

“De facto, considero mesmo que assistimos a um significativo retrocesso”, acrescentou.

Nesta conferência de imprensa, o senador republicano da Florida prometeu usar os instrumentos legais ao seu dispor para contrariar esta decisão.

“Eu irei presidir à subcomissão de relações externas do hemisfério ocidental e posso dizer-vos que vamos passar alguns anos a discutir a nomeação de um embaixador e a dotação financeira para instalar uma representação diplomática em Havana. E posso também dizer-vos que vou recorrer todos os instrumentos legais à nossa disposição para alterar esta mudança tanto quanto seja possível. Faço-o não por animosidade em relação à nossa administração, mas por oposição clara à opressão do regime cubano sobre o seu povo”, acrescentou.

Barack Obama e Raúl Castro anunciaram esta quarta-feira o início da normalização das relações entre os dois países, cortadas há mais de meio século.