O embaixador dos Estados Unidos em Lisboa diz que o anúncio do Presidente Barack Obama sobre a intenção de pôr termo ao embargo a Cuba representa um novo progresso nas relações com aquele país latino-americano.
"O que esta decisão representa é um novo progresso na nossa aproximação a Cuba", diz Robert Sherman, citado pela Lusa.
Sherman considera que “a política de isolar Cuba não teve sucesso na obtenção da democracia e direitos humanos para o povo" cubano.
Obama
anunciou esta quarta-feira que pretende discutir o total levantamento do embargo económico a Havana, declarado em 1961, e o restabelecimento de relações diplomáticas.
"Eu penso que o Presidente decidiu uma nova aproximação para tentar implementar os objectivos dos Estados Unidos de criar instituições democráticas", diz Sherman.
O embaixador em Lisboa recorda que o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba, como pretende Obama, é uma matéria do Congresso norte-americano.
"O embargo mantém-se. É uma matéria que só o Congresso pode mudar. Isto é algo que vai ser debatido. Para já, é impossível saber o que acontecerá", assinalou.
Para o diplomata norte-americano, a política de manter Cuba isolada "não tem sido boa" para a população daquele país.
Robert Sherman recordou que só 5% do povo de Cuba tem acesso à Internet.
"Seria bom para o povo de Cuba poder aceder a ferramentas disponíveis na era moderna para incrementar as oportunidades económicas", sublinhou, recordando também as vantagens de os cidadãos poderem viajar entre os dois países.