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As reacções ao acordo entre Estados Unidos e Cuba

17 dez, 2014

O Papa Francisco e as Nações Unidas saudaram o avanço. Dentro da administração de Obama há divisões. [Em actualização]

As reacções ao acordo entre Estados Unidos e Cuba
Num acordo histórico, os Estados Unidos e Cuba anunciaram esta quarta-feira o início de conversações para normalizar as relações diplomáticas entre os dois países.

Pelo mundo várias personalidades reagiram ao acontecimento que põe fim a 52 anos de conflito diplomático.

"Tenho o maior respeito e carinho pelos cubanos. Na sua maioria são amáveis, generosos e talentosos. Dói-me vê-los a ser tratados de forma tão injusto por dois Governo e as suas políticas de guerra. (…) Dois errados nunca fazem um certo e espero que possamos ultrapassar estas políticas. (…) Estou grato de finalmente ter liberdade e poder continuar a minha vida". Alan Gross, norte-americano preso há cinco anos em Cuba, libertado esta quarta-feira.

"Isto são notícias muito positivas. Está na altura de Cuba e dos Estados Unidos normalizarem as suas relações bilaterais. Nesse aspecto eu acolho cordialmente os desenvolvimentos de hoje". Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas.

"O Santo Padre quer expressar as suas calorosas felicitações pela decisão histórica tomada pelos governos dos Estados Unidos e Cuba para estabelecer relações diplomáticas, com o objectivo de ultrapassar, no interesse dos cidadãos dos dois países, as dificuldades que marcaram a história recente". Papa Francisco, em comunicado.

"Não acho que devíamos negociar com um regime repressivo para fazer mudanças na nossa relação". Jeb Bush, potencial candidato republicano às presidenciais de 2016 (irmão de George W.Bush).

"É preciso reconhecer o gesto de Barack Obama, um gesto que é corajoso e necessário”. Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela.
 
"O anúncio de hoje foi visto com uma resposta positive da nossa parte. Vemos isto como um passo na direcção certa. Não acreditamos que os Estados Unidos, ou outro país, tenham legitimidade ou bases legais para impor sanções". Sergei Ryabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

"A Casa Branca deu tudo, mas ganhou pouco". Marco Rubio, senador republicano de origem cubano-americana.

"Relações com o regime de Castro não deviam ser revistas, muito menos normalizadas, até que o povo cubano possa desfrutar da liberdade". John Boehner, presidente da Câmara dos Representantes, republicano.

"As acções do Presidente Obama justificaram o comportamento brutal do governo cubano". Robert Menendez, senador democrata de origem cubano-americana.

"Creio que hoje é um dia histórico, quero saudar quer da parte dos Estados Unidos da América e de Cuba, as decisões que foram tomadas e também agradecer a intervenção do Vaticano e do papa Francisco, que foi referido pelo Presidente Raul Castro". José Ribeiro e Castro, deputado do CDS-PP.

"Vejo este desenvolvimento diplomático com grande satisfação, traduzido para já quer na libertação de um cidadão norte-americano pelas autoridades cubanas, quer de três cidadãos cubanos que permaneciam injustamente há longos anos em cadeias dos Estados Unidos". António Filipe, deputado do PCP.

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