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Cabo Verde. Lava parou, mas vulcão continua activo

14 dez, 2014

Passados 22 dias do início das erupções, não há registo de vítimas, mas Portela e Bangaeira ficaram totalmente destruídas, deixando 1.500 pessoas sem casa.

Cabo Verde. Lava parou, mas vulcão continua activo

Este é o sexto dia consecutivo que a actividade vulcânica em Chã das Caldeiras, na ilha cabo-verdiana do Fogo, está reduzida, mas tal está longe de implicar o fim das erupções.
 
“O vulcão tem estado bastante mais calmo durante os últimos dias. A lava está parada mas ainda muito quente, vê-se os fumos a uma cerca de 20 metros”, conta à Renascença a porta-voz da equipa das Nações Unidas em Cabo Verde que está acompanhar os trabalhos no local.

“O vulcão vai de quase nenhuma actividade a picos de actividade, pelo que não podemos prever, para já, que vá parar ou continuar”, diz Teresa Encarnação.

A lava está "estagnada" a pouco mais de 600 metros da localidade de Bangaeira, povoação que, tal como Portela, foi destruída pela torrente e a emissão de gases - dióxido de carbono e dióxido de enxofre - é quase nula.

Os vulcanólogos e sismólogos no terreno preparam-se para apresentar um "parecer técnico" com dados mais precisos sobre as movimentações de magna ou de pequenos abalos nos últimos dias da actividade vulcânica.

A acompanhar a equipa das Nações Unidas em Cabo Verde está o embaixador da União Europeia em Cabo Verde, o diplomata português José Manuel Pinto Teixeira, encontra-se este domingo na ilha do Fogo para se inteirar da situação, efectuando visitas às zonas afectadas.

Vai visitar o planalto que serve de base aos vários cones vulcânicos, e aos três centros de acolhimento onde, passados 22 dias do início das erupções, se albergaram cerca de 850 dos quase 1.500 desalojados de Portela e Bangaeira, povoações totalmente destruídas.