01 dez, 2014
A actividade do vulcão da Ilha da Fogo acalmou, mas a situação ainda é de risco para várias casas na ilha.
A jornalista Isabel Marques Nogueira relata à Renascença que “o vulcão é muito imprevisível” mas que “as autoridades acabaram por registar, ao longo da madrugada deste domingo e segunda-feira de manhã, alguma acalmia com diminuição de emissão de fumos e gases no vulcão”.
“A lava está muito próxima de novas habitações”, acrescenta, fazendo uma contabilização dos estragos provocados até agora: “Já consumiu 20 habitações, 15 correios, 14 cisternas de água e uma vasta área agrícola”.
Uma das zonas mais afectadas é a localidade de Portela que já esteve em risco de ficar isolada mas, para já, ainda tem ligação com o resto da ilha. Cerca de 600 pessoas foram retiradas e estão alojadas em centros de acolhimento.
Na Portela, estão apenas elementos da Protecção Civil e responsáveis da adega cooperativa da ilha que estão a avaliar os riscos de deslocação do vinho já produzido.
A erupção vulcânica obrigou as autoridades a pedir ajuda internacional de emergência. Portugal vai enviar para Cabo Verde meios de comunicação por satélite e uma fragata com apoio aéreo.
O vulcão da ilha cabo-verdiana do Fogo entrou no domingo, dia 23 de Novembro, em erupção e obrigou a um plano de evacuação em vários pontos da ilha.
A imprevisibilidade do vulcão tem sido uma constante, registando-se períodos de várias horas de acalmia depois de cada pico de explosões.