Tempo
|

Intercepção dos caças russos é sinal de que o "sistema funcionou"

30 out, 2014

O ministro da Defesa esclarece que a intercepção "não foi em espaço aéreo nacional", mas sim "em espaço aéreo sob jurisdição nacional".

O ministro da Defesa, Aguiar Branco, diz que "o sistema funcionou na normalidade", quando os caças F-16 portugueses interceptaram, identificaram e escoltaram dois aviões militares russos em espaço aéreo sob jurisdição de Portugal.

Dado que os aviões militares russos "não estavam a fazer a sua circulação nas condições necessárias em termos de tráfego aéreo internacional", o comando da NATO "solicitou a intervenção dos F-16" que "estão sempre em prontidão na Base de Monte Real", em Leiria, explicou Aguiar Branco, que se encontra em Bogotá para estabelecer relações bilaterais com a Colômbia e abrir novas oportunidades de negócio para empresas portuguesas na área da Defesa.

O episódio mostra que o sistema "funcionou na sua normalidade", disse o governante, esclarecendo que a intercepção "não foi em espaço aéreo nacional", mas sim "em espaço aéreo sob jurisdição nacional".

Segundo o ministro, "foram accionados os mecanismos normais sob comando da NATO" e os caças F-16 "saíram para a missão de intercepção e identificação" dos aviões militares russos, que, entretanto, "se desviaram e, por isso, não houve necessidade de outro tipo de missão" e os aviões portugueses regressaram à Base de Monte Real.

"A situação, com certeza, será objecto de avaliação por parte da NATO" e será no âmbito da NATO que "serão tomadas as medidas necessárias para acautelar este tipo de situações", disse Aguiar-Branco, insistindo: "O que importa deixar muito claro é que o sistema funcionou".

Aguiar-Branco explicou que a Força Aérea Portuguesa (FAP) está a cumprir uma missão de policiamento aéreo no Báltico e, no âmbito desta missão, "houve uma intercepção no espaço aéreo respectivo por caças portugueses".

"Esta situação é distinta da que ocorreu em espaço sob jurisdição portuguesa e também sob comando da NATO" no Báltico, esclareceu.