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Duas centenas de curdos iraquianos reforçam defesa de Kobani

23 out, 2014

Nos últimos dias, houve relatos, por confirmar, de utilização de armas químicas por parte dos militantes do Estado Islâmico contra os curdos.

Duas centenas de curdos iraquianos reforçam defesa de Kobani
Duzentos militares dos Curdistão iraquiano estão a caminho de Kobani, a cidade síria junto à fronteira com a Turquia, que está sitiada pelo Estado Islâmico, há mais de um mês.

Uma vez que a cidade está cercada de três lados, o único acesso é através de solo turco, pelo que foi necessário assegurar a autorização de Ancara para deixar passar os soldados, depois de o parlamento autónomo do Curdistão ter aprovado o envio de homens.

Essa autorização foi dada esta semana, mas só agora é que o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, anunciou que os reforços estão a caminho.

Esta colaboração entre a Turquia e os curdos serve, em parte, para amenizar as muitas críticas de que estavam a ser alvo os líderes turcos, acusados de ficarem a ver, sem intervir, enquanto a cidade curda de Kobani quase caía para os terroristas do Estado Islâmico.

Só a intervenção da coligação internacional, que intensificou os ataques aéreos ao longo das últimas semanas, e uma resistência feroz das Unidades de Defesa Populares (YPG), que incluem muitas mulheres e adolescentes, permitiu que a cidade se aguentasse até agora, depois de mais de 35 dias de ataques por parte do Estado Islâmico.

Nos últimos dias houve relatos de utilização de armas químicas por parte dos islamitas. Fotografias circuladas nas redes sociais mostram lesões nos olhos e reacções de pele, mas não há ainda confirmação oficial de que o Estado Islâmico tenha recorrido a este tipo de armamento proibido.