Conferência internacional debate situação no Iraque
15 set, 2014
Na análise de Carlos Gaspar, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais, “a articulação de estratégias necessária para garantir o mínimo de eficácia nesta tentativa de neutralizar a ameaça do exército Islâmico”.
A situação no Iraque é esta segunda-feira debatida, numa conferência internaciomal, em Paris. Por iniciativa francesa, e paralelamente às iniciativas que estão a ser levadas a cabo pelos Estados Unidos, vários parceiros internacionais e regionais reúnem-se para debater a forma de garantir a paz e a segurança no país.
A abertura desta conferência internacional está a cargo dos presidentes francês, François Hollande, e iraquiano, Fouad Massoum e os trabalhos não deixarão de ser marcados pela divulgação, no sábado, de um vídeo em que os jihadistas do Estado Islâmico alegam ter decapitado o britânico David Haines.
Na análise de Carlos Gaspar, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), “a articulação de estratégias necessária para garantir o mínimo de eficácia nesta tentativa de neutralizar a ameaça do exército Islâmico”.
“É importante haver coordenação ao nível militar mas também coordenar esforços para garantir o armamento, o treino, partilhar informação com as forças no terreno: os curdos, as milícias xiitas iraquianas e organizar melícias sunitas no Iraque”, diz o especialista à Renascença.
Em comunicado, o Conselho de Segurança da ONU condenou, no domingo, a decapitação do britânico David Haines pelo grupo extremista Estado Islâmico, classificando-a como um assassínio "cobarde e odioso".
O Conselho de Segurança exige "a libertação imediata, e sem condições, de todos os que continuam reféns" e solicita a todos os países uma cooperação activa com o Reino Unido para levar à justiça os responsáveis pela morte de David Haines.
Actos como os praticados não farão mais que reforçar a mobilização dos governos na luta contra o autoproclamado Estado Islâmico, alerta.