13 set, 2014
Os jihadistas do Estado Islâmico terão decapitado o terceiro refém que tinham em seu poder. Os terroristas lançaram mais um vídeo este sábado em que alegadamente matam o britânico David Haines. A informação foi avançada pela Reuters, que cita a SITE, uma organização que monitoriza sites terroristas.
O Estado Islâmico já tinha decapitado os jornalistas James Foley e Steven Sotloff, em represália pelo ataque dos Estados Unidos contra a organização no norte do Iraque.
O escocês Haines, de 44 anos, foi raptado em Março de 2013 no campo de refugiados de Atmeh, na Síria, quando trabalhava para a agência francesa ACTED.
O vídeo, entitulado "Uma mensagem para os aliados da América", abre com declarações do primeiro-ministro David Cameron a garantir que o país vai trabalhar com o Governo iraquiano e com as forças curdas para combater o Estado Islâmico.
"Este britânico vai ter que pagar o preço pela tua promessa, Cameron, para armas os Peshmerga", diz um homem mascarado e vestido de preto. O assassino tem sotaque britânico e parece ser o mesmo que matou os outros dois decapatidos.
Haines aparece ajoelhado com roupa cor-de-laranja, igual à que usam os detidos em Guantanamo. O vídeo mostra depois a decapitação, segundo a Reuters.
No vídeo deste sábado, os jihadistas ameaçam outro britânico de nome Alan Henning.
A decapitação surge no dia em que a família de Haines lançou uma mensagem aos terroristas através do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido. "Somos a família de David Haines. Enviámo-vos mensagens mas não recebemos respostas. Pedimos a quem tenha o David sequetrado que se ponha em contacto connosco", pediram os familiares.
O primeiro-ministro britânico já reagiu. David Cameron disse, através de comunicado, que o assassinato de David Haines é um acto de pura maldade e reafirmou o desejo de que os assassinos sejam levados à justiça, por mais tempo que seja necessário para os capturar.
"Esta é um nojento e lamentável assassinato de um inocente trabalhador humanitário. é um acto de pura maldade. O meu coração está com a família de David Haines que mostraram uma extraordinária coragem", lê-se na mensagem oficial, que assim confirma a morte do cidadão britânico.
O gabinete de crise do Executivo britânico - "gabinete cobra" - vai reunir-se este domingo de manhã para avaliar a situação.
Também o Presidente dos Estados Unidos já "condenou" a morte de Haines e reafirmou que vai liderar uma coligação contra o Estado Islâmico e tentar levar os assassinos à justiça. Obama deu há dias conta da sua estratégia para combater este grupo terrorista.
[actualizado às 01h37]