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Dez países árabes assumem compromisso na luta contra jihadistas

12 set, 2014

A reunião ocorreu depois de o Presidente norte-americano ter apresentado um plano para combater os terroristas do Estado Islâmico.

Dez países árabes, incluindo a Arábia Saudita, assumiram esta quinta-feira o compromisso de integrar a luta internacional, ao lado dos Estados Unidos, contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

O acordo foi confirmado por um comunicado divulgado após uma reunião na cidade portuária saudita de Jeddah entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e representantes de vários Estados árabes.

Este compromisso poderá implicar uma participação numa "campanha militar coordenada", referiu o texto.

Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar, Omã, Egipto, Iraque, Jordânia, Líbano e os Estados Unidos "declararam o seu compromisso comum em permanecer unidos contra a ameaça que representa para a região e para o mundo o terrorismo, em todas as suas formas, incluindo o intitulado EI", referiu o comunicado.

"Os países participantes acordaram fazer a sua parte nesta luta global" contra o grupo radical islâmico, que já controla uma parte da Síria e o norte do Iraque.

"Isso inclui travar o fluxo de combatentes estrangeiros em trânsito nos países vizinhos, combater o financiamento do Estado Islâmico e de outros extremistas violentos, rejeitar a sua ideologia de ódio, acabar com a impunidade e apresentá-los diante da justiça", acrescentou o documento.

Os países também assumiram o compromisso de "contribuir nos esforços de ajuda humanitária" para as comunidades "brutalizadas pelo Estado Islâmico".

O documento não menciona a Turquia, que também participou na reunião de Jeddah. Em Ancara, uma fonte governamental citada pela agência francesa AFP afirmou que a Turquia não irá participar nas operações militares da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos contra os 'jihadistas'.

"A Turquia não vai participar em qualquer operação armada, mas estará concentrada inteiramente nas operações humanitárias", referiu a fonte, que preferiu não ser identificada.

O responsável admitiu, no entanto, que a Turquia poderá vir a autorizar a coligação internacional a utilizar a base militar de Incirlik, no sul do país, para operações unicamente logísticas.

A reunião em Jeddah, na Arábia Saudita, ocorreu depois de o Presidente norte-americano, Barack Obama, ter apresentado ao país um plano para combater os jihadistas. Numa intervenção a partir da Casa Branca, o líder afirmou que estava pronto para lançar ataques aéreos contra os jihadistas na Síria e para alargar a ofensiva já em curso no Iraque.