30 ago, 2014 • Paulo Ribeiro Pinto, enviado da Renascença a Bruxelas
Na “guerra dos tronos” dos mais altos cargos europeus (Alta Representante dos Assuntos Externos e presidente do Conselho Europeu) nada parece ainda decidido. O puzzle para compor o novo ciclo em Bruxelas será, em princípio, decidido este sábado.
Nas últimas horas, ganhou força o nome da actual ministra italiana dos Negócios Estrangeiros para Alta Representante dos Assuntos Externos. Frederica Mogherini há muito que está na calha, mas o bloco do Leste opôs-se pela ligação à Rússia.
Agora esse problema pode estar ultrapassado com o primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk a ganhar pontos para assumir o cargo de presidente do Conselho Europeu, um “rebuçado” às economias da Europa de Leste que têm um argumento de peso com a crise na Ucrânia para reclamarem um cargo de topo nas instituições europeias.
Mas as reuniões dos chefes de Estado e de Governo também podem surpreender. Da última vez que se escolheram os representantes para os dois cargos, acabaram por surgir os inesperados Catherine Ashton para a diplomacia e Herman Van Rompuy para o Conselho Europeu.
A reunião extraordinária é para escolher os nomes para Alto Representante da Política Externa e para a presidência do Conselho Europeu, mas a Ucrânia estará sempre na sombra das discussões dos líderes europeus com Durão Barroso a receber em Bruxelas o Presidente ucraniano.