29 ago, 2014
Uma “ideologia venenosa do extremismo islâmico” está na raiz do aumento do nível de ameaça terrorista no Reino Unido, revelou esta sexta-feira o primeiro-ministro britânico.
O nível de ameaça terrorista no Reino Unido foi elevado de “substancial” para “grave” - o segundo mais grave - anunciou a ministra do Interior. Isto significa que as forças de segurança consideram “altamente provável” que aconteça em breve um atentado no território.
David Cameron criticou os jihadistas do Estado Islâmico e as suas “formas bárbaras de terrorismo para forçar as pessoas a aceitar uma visão do mundo distorcida e a viver num estado quase medieval”, mencionando as decapitações, a escravatura, as violações e os massacres.
“O que enfrentamos agora no Iraque com o Estado Islâmico (EI) é uma ameaça maior e mais profunda à nossa segurança, como nunca antes vimos”, disse o governante numa conferência de imprensa, justificando o aumento do nível de alerta.
O líder do governo britânico lembrou que as autoridades suspeitam que, pelo menos, 500 britânicos se tenham juntado a esta formação extremista.
Cameron anunciou ainda que na próxima segunda-feira vão ser divulgadas novas medidas para impedir estas deslocações: “Temos de fazer mais para evitar que as pessoas viajem, para parar o retorno daqueles que vão e para lidar decisivamente com aqueles que já estão aqui.”
O primeiro-ministro não deixou muitos detalhes sobre o que podia mudar com o novo nível de ameaça, sublinhando que as pessoas "devem continuar as suas vidas normalmente”. Os cidadãos podem vir a notar um aumento do patrulhamento e do número de polícias armados na rua.
Antes a ministra do Interior já tinha feito um apelo: “Peço à população que permaneça vigilante e informe as autoridades sobre acções suspeitas”.