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Hamas não 'baixa os braços' até Israel cumprir o acordado

28 ago, 2014

Aviso surge numa altura em que está em vigor um cessar-fogo permanente no Médio Oriente.

O líder do Hamas diz que a organização “não vai deixar de oferecer resistência” a Israel até que as suas exigências sejam cumpridas. Khaled Meshaal, em Doha, Qatar, aproveitou para pedir ao Egipto para abrir a fronteira de Rafah.

Em cima da mesa das negociações para alcançar a paz na região estava o fim do bloqueio a Gaza e o alargamento da zona de pesca permitida aos palestinianos no Mediterrâneo. Numa segunda fase, a começar dentro de um mês, Israel e Palestina discutiriam a construção de um porto em Gaza e a libertação de membros do Hamas feitos prisioneiros na Faixa de Gaza.

Nestas declarações aos jornalistas, Meshaal confirmou ainda que Mohammed Deif, comandante do Hamas, está “bem” depois de ter, alegadamente, escapado a uma tentativa de assassinato israelita no início do mês. Contudo, a mulher e um filho morreram neste ataque.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não confirma se houve uma tentativa para assassinar Deif, mas adianta que os líderes do Hamas são “alvos legítimos”.

Esta reacção do Hamas surge numa altura em que está em vigor um cessar-fogo com Israel depois de 50 dias de confrontos.

Desde o início da operação militar em Gaza já morreram, pelo menos, 2.050 palestinianos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano. Do lado israelita estão confirmadas 67 vítimas mortais.

A crise actual começou com o rapto de três jovens israelitas na Cisjordânia, a 12 de Junho. A 17 de Julho, o exército israelita começou manobras terrestres para destruir a rede de túneis construída pelo Hamas, que controla o enclave desde 2006, e é usada transportar mantimentos e para ataques em zonas fronteiriças.