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Ucrânia. NATO defende envio de tropas para a região

27 ago, 2014

Desde o início do conflito, mais de duas mil pessoas morreram em combates entre as forças ucranianas e os rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia.

O secretário-geral da NATO disse que a organização está a preparar uma resposta urgente para a crise da Ucrânia que pode incluir o envio de tropas para a região, com o objectivo de "dissuadir" a Rússia de continuar a "destabilização".

Em declarações ao jornal britânico “Guardian”, Anders Fogh Rasmussen, disse que a NATO vai ultrapassar as divisões internas na cimeira de Cardiff, marcada para a próxima semana, para que venham ser adoptadas medidas que permitam o envio de forças para a região, sem ter especificado os locais.

"Vamos adoptar aquilo que chamamos 'plano de prontidão' com o objectivo capaz de actuar com rapidez no contexto do novo ambiente de segurança na Europa", disse o secretário-geral da NATO.

A medida não incluiu a criação de bases permanentes na região, tal como chegaram a pedir a Polónia e os Estados Bálticos. Mesmo assim, Rasmussen disse que as forças “temporárias” podem manter posições o “tempo que for necessário”.

Alguns membros da Aliança Atlântica defendem que a presença permanente de forças aliadas pode provocar uma ruptura directa dos acordos pós-Guerra Fria e provocar uma reacção de força por parte de Moscovo.

Rasmussen voltou a acusar a Rússia de estar a provocar uma escalada na crise através das acções militares contra as forças ucranianas.

Na reunião de terça-feira em Minsk, capital da Bielorússia, tanto o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, como o da Rússia, Vladimir Putin, mostraram-se dispostos a preparar um plano de paz para o leste da Ucrânia.

Desde o início do conflito, mais de duas mil pessoas morreram em combates entre as forças ucranianas e os rebeldes pró-russos em Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.