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Obama garante que a "justiça será feita"

26 ago, 2014

Presidente dos Estados Unidos insiste que o país vai perseguir os elementos que mataram o jornalista norte-americano. Já foram autorizados voos sobre a Síria para vigiar as movimentações do Estado Islâmico.

Obama garante que a "justiça será feita"

O presidente dos Estados Unidos reafirma que o país vai atrás dos assassinos do Estado Islâmico que mataram o jornalista James Foley, mas admitiu que a operação no Iraque e na Síria não será fácil.

"A América não esquece, o nosso alcance é longo, somos pacientes, a justiça será feita", disse Barack Obama durante uma convenção de veteranos em Charlotte, Carolina do Norte.

"Extirpar um cancro como o Estado Islâmico não será uma missão fácil ou rápida", acrescentou Obama.

O presidente terá autorizado voos sobre o território sírio para vigiar as posições e movimentações dos membros do autoproclamado Estado Islâmico, como já está a acontecer no Norte do Iraque. A informação está a ser avançada pelo jornal "New York Times", que cita fonte oficial.

O Pentágono deve, assim, enviar aviões e drones (aparelhos não tripulados) para aquele espaço aéreo, no que pode ser o início de uma intervenção americana na Síria, semelhante à que já está em progresso no Norte do Iraque. A decisão terá sido tomada por Obama durante o fim-de-semana, acrescenta o "New York Times”, uma semana depois do Presidente ter dito que o Estado Islâmico “é um cancro” que deve ser extraído.

O exército norte-americano pretende concentrar as suas operações na zona fronteiriça entre o Iraque e a Síria - e não no centro do país - e aumentar o apoio aos rebeldes sírios para evitar ajudar o presidente sírio Bashar al-Assad, que está a "patrocinar" uma guerra civil no país.

A Síria reagiu às notícias dizendo que está pronta para trabalhar com os Estados Unidos, mas que a operação militar tem de ser coordenada entre os dois países ou o Governo iria considerar a operação militar uma agressão à sua soberania e um “acto de agressão”.

Barack Obama esteve reunido esta segunda-feira com o secretário da Defesa,  Chuck Hagel, sobre uma possível acção militar na Síria mas nada foi decidido. No entanto deixou claro que não tinha quaisquer planos para colaborar com o homólogo Basshar al-Assad.