O vídeo divulgado na internet que mostra um jornalista norte-americano a ser decapitado por um elemento dos jihadistas do Estado Islâmico está a ampliar o receio da população e do Alto Comissariado da Organização das Nações unidas para os Refugiados (ACNUR).
Em declarações à
Renascença, a porta-voz do ACNUR em Genebra, Arian Rummery, disse que "este vídeo, e qualquer episódio de violência como este, amplia o receio que muitas, muitas pessoas já sentem" e pode fazer aumentar, ainda mais, o número de deslocados.
Este incidente "traz novos receios, mas tem havido populações deslocadas ao longo de todo o ano", diz. O ACNUR estima que um milhão e duzentas mil pessoas tenham deixado as suas casas no Iraque. “Vivem com medo o ano inteiro”, diz a porta-voz.
A crise no país "é uma situação humanitária muito dramática", agravada pelo facto de as frentes de violência mudarem constantemente. “Não sabemos o que pode acontecer a seguir”, conta Arian Rummery.
Desde quarta-feira está em marcha uma
megaoperação do ACNUR para apoiar quase 600 mil pessoas no norte do Iraque. Os aviões da ONU vão lançar tendas e outros bens de primeira necessidade no país, e a partir da Turquia e da Jordânia seguem também comboios de ajuda humanitária e outros carregamentos.