20 ago, 2014
O presidente dos Estados Unidos diz-se “destroçado” pela decapitação de um jornalista norte-americano na Síria, reafirmando que o país fará “tudo o que for necessário para que a justiça seja feita”.
Numa curta declaração em Martha's Vineyard, Barack Obama reafirmou ainda que os Estados Unidos tudo vão continuar a fazer para “proteger o povo americano e os valores que defendem”.
Sobre os terroristas do Estado Islâmico (ex-Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ISIS em inglês), responsáveis pela decapitação do jornalista e por uma série de ataques e atrocidades no Iraque e na Síria, o presidente afirmou que, com a ajuda de países amigos, está a haver um “esforço comum” para “extrair este cancro para que ele não continue a alastrar”. Contudo, não avançou novas acções.
Os Estados Unidos têm levado a cabo vários ataques aéreos com caças e drones (aviões não pilotados) contra as posições dos jihadistas no norte do Iraque, onde isolaram a minoria yazidi.
Barack Obama criticou um movimento como o Estado Islâmico: “Não têm lugar no século XXI. Não têm ideologia nem dão valor à vida humana”.
O presidente negou também que esta seja uma luta religiosa, porque “nenhuma fé ensina as pessoas a matar inocentes”.
A Casa Branca já confirmou a autenticidade do vídeo que mostra a decapitação de James Foley. O jornalista foi raptado há quase dois anos na Síria.
Os extremistas do Estado Islâmico (ex-Estado Islâmico do Iraque e do Levante) dizem que o vídeo é uma mensagem para os Estados Unidos para que parem a intervenção no Iraque e ameaçam fazer o mesmo a um outro jornalista norte-americano. Steven Sotloff foi raptado há cerca de um ano também no norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também já repudiou a decapitação do jornalista. “O secretário-geral condena fortemente o horrível assassinato do jornalista James Foley, um crime abominável”, disse o porta-voz da ONU.
Stephane Dujarric acrescenta que “os culpados por este e outros crimes horríveis devem ser levados à justiça”.
Quem são e o que querem os jihadistas que lançam o caos no Iraque?