Está em marcha uma megaoperação do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para apoiar quase 600 mil pessoas no norte do Iraque.
Esta quarta-feira “vamos lançar a primeira operação: será o primeiro de quatro aviões que nos próximos dias vão levar ajuda humanitária urgente a muitas pessoas deslocadas que estão a chegar àquela parte do Iraque desde o início de Agosto”, disse à
Renascença Arian Rummery, porta-voz do ACNUR em Genebra.
“A operação aérea é só uma parte. Também temos 175 camiões a caminho. Levam ajuda dos nossos armazéns na região. Levam tendas, cobertores e outros artigos para ajudar as pessoas a sobreviverem longe de casa”.
“Esta é a maior operação deste tipo que lançámos nos últimos dez anos”, referiu Arian Rummery. Ao todo, os meios aéreos e terrestres da ONU levam duas mil toneladas de ajuda de emergência para o país em conflito.
A preocupação ONU é sobretudo garantir abrigo para milhares de pessoas que saíram de suas casas devido aos ataques do movimento extremista do Estado Islâmico.
As Nações Unidas estimam que no Iraque um milhão e 600 mil pessoas estejam em condições precárias - situação de refugiados ou deslocados de guerra.
Respostas ao apelo iraquiano
O ministro iraquiano dos Negócios Estrangeiros, Hoshiyar Zebari, fez um apelo ao mundo, no qual diz que precisa de apoio para lutar contra os avanços do Estado Islâmico.
Em resposta, a Alemanha e a Itália já se propuseram a enviar armas aos militares Curdos que combatem o Estado Islâmico no nordeste do país.
Também o presidente francês anunciou que vai propor a realização de uma conferência internacional para discutir a situação no Iraque e a melhor forma de lidar com este movimento extremista.
Quem são e o que querem os jihadistas que lançam o caos no Iraque?