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Violência contra trabalhadores humanitários atinge valores recorde

19 ago, 2014

Em 2013, morreram 155 funcionários de organizações humanitárias, a maior parte em ataques na estrada. Os ataques aumentaram 66 por cento, em relação a 2012, e 300 por cento, face a 2003.

A violência e os ataques contra funcionários de organizações humanitárias atingiram um novo recorde em 2013. O ano passado morreram 155 destes trabalhadores, a maior parte na Síria e no Afeganistão.

“O aumento dos ataques em 2013 foi despoletado principalmente pelo escalar de conflitos e o deteriorar da governação na Síria e no Sudão do Sul. Estes dois países, mais o Afeganistão, Paquistão e Sudão, representam três quartos dos ataques”, são as conclusões do relatório de segurança dos trabalhadores humanitários para 2014, elaborado pelo centro de investigação "Humanitarian Outcomes".

Nos 251 ataques, 155 pessoas morreram, 171 ficaram gravemente feridas e 134 foram raptados.
 
A maioria das vítimas era funcionária de Organizações Não Governamentais (ONG) nacionais ou da Cruz Vermelha e trabalhavam “para implementar ajuda internacional nos seus próprios países”.

O relatório avança que a maior parte dos incidentes violentos acontece nas estradas, em contextos de emboscadas ou ataques à beira da estrada.

Em relação a 2012, os ataques aumentaram 66%. Em relação aos números de há 10 anos, em 2003, os ataques aumentaram quase 300%.