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Mistério. Caixa negra do avião do candidato presidencial brasileiro não tinha gravação

16 ago, 2014 • João Almeida Moreira, no Brasil

É obrigatória a gravação de todas as conversas durante um voo. Já circulam teorias da conspiração.

Mistério. Caixa negra do avião do candidato presidencial brasileiro não tinha gravação
A caixa negra do avião em que voava Eduardo Campos, que caiu na última quarta-feira e causou a morte do candidato à presidência do Brasil, não tinha nenhuma gravação. O caso gerou estranheza entre os especialistas porque é obrigatória por lei a gravação de todas as conversas durante um voo e muito invulgar que ela não se verifique.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB), partido que era liderado por Campos, pediu imediatamente acesso a toda a investigação da aeronáutica brasileira.

O comandante da aeronática falou num problema específico do gravador, assegurou que não tem nada a esconder e destacou que a sua equipa usa os métodos mais avançados de investigação, sendo reconhecida internacionalmente.
 
Mesmo assim, uma equipa dos Estados Unidos da América já foi chamada para ajudar na investigação do trágico acidente.

Num país que vive em democracia há menos de 30 anos e com um défice histórico de transparência, as teses conspirativas populares circulam mas não passam por agora disso mesmo: teses, sem sustentação.

Em paralelo, prosseguem os testes de DNA com familiares próximos das vítimas do acidente, para mais rápida identificação dos corpos de Eduardo Campos e dos seis membros do seu "staff" falecidos. Até lá, o transporte dos corpos, os velórios e os enterros continuam sem data definida.

Eduardo Campos era uma estrela política em ascensão. Morreu na sequência da queda do avião privado em que seguia.