30 jul, 2014
Em 2015, pelo menos metade de todos os infectados com VIH terão mais de 50 anos. São as estimativas do programa das Nações Unidas para a sida. Actualmente, de um total de 35 milhões de pessoas seropositivas, quatro milhões já estão nesta faixa etária.
O aumento justifica-se com a evolução da terapêutica mas também porque na terceira idade o diagnóstico é mais tardio.
Em declarações à Renascença, a especialista de Medicina Interna do Serviço de Infecciologia do Hospital Amadora Sintra, Teresa Branco, admite que para os profissionais de saúde o VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) não é a primeira hipótese que colocam quando o doente tem mais de 50 anos.
Teresa Branco explica que, apesar de tudo o que se aprendeu nos últimos anos, na cabeça de muita gente o VIH ainda continua associado a grupos de risco e não a comportamentos.
A especialista defende, por isso, a necessidade de campanhas dirigidas para a terceira idade, tal como já acontece nos Estados Unidos.