29 jul, 2014
Pelo menos 30 pessoas foram mortas na manhã desta terça-feira em Benghazi, no leste da Líbia, durante intensos confrontos que incluíram o uso de aviões de guerra e "rockets", entre as forças especiais do Governo e os militantes islamitas, disseram fontes médicas.
Intensos confrontos em Benghazi, a segunda maior cidade do país, e combates entre milícias rivais na capital, Trípoli, têm mergulhado a Líbia num caos cada vez mais profundo, após duas semanas de grande violência, a maior desde a guerra-civil de 2011 que derrubou Muammar Khadafi.
"Recebemos 30 corpos até agora", disse uma fonte médica à Reuters no principal hospital de Benghazi.
Itália envia aviões
Para além da guerra-civil, a Líbia enfrenta um desastre ambiental, depois de um reservatório, contendo seis milhões de litros de combustível, se ter incendiado durante combates no sul da capital. O reservatório foi atingido por um míssil, precisou o porta-voz da empresa, Mohamed al-Hrari.
Para tentar conter o desastre ambiental, o governo interino da Líbia informou esta terça-feira que a Itália vai enviar sete aviões para ajudar a combater o incêndio. O país passa por uma grande crise. Desde o dia 13 de Julho que as milícias se confrontam pelo controlo da infra-estrutura aero-portuária da capital.
A grande instabilidade levou vários países a retirar cidadãos e corpos diplomáticos, entre eles os Estados Unidos, que fecharam a sua embaixada na cidade.
As autoridades líbias não descartam que o incêndio, se não for combatido a tempo, possa desencadear uma catástrofe, caso as instalações de petróleo e gás explodirem. Segundo o governo, a petrolífera italiana Eni também vai participar no envio dos aviões e de técnicos especializados no combate às chamas nas instalações da empresa Brega.
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