25 jul, 2014
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou esta sexta-feira à criação de um corredor humanitário na Faixa de Gaza, para permitir a retirada dos feridos e a entrada de medicamentos vitais na zona.
"A OMS pede a criação de um corredor humanitário para a retirada dos feridos, assim como para o abastecimento de medicamentos vitais. O corredor humanitário deve-se estender também à protecção da passagem segura de pacientes para que deixem a Faixa de Gaza de modo a receber tratamento médico”, diz o comunicado citado pela Reuters.
A ONU anunciou também que quatro hospitais foram danificados no conflito que começou no dia 8 de Julho, quando Israel deu início aos ataques aéreos, seguidos da ofensiva terrestre.
O hospital de Al Aqsa foi o último a ser adicionado à lista depois de ser "alvo directo de um bombardeamento, que resultou em mortos e feridos e danificou severamente a área cirúrgica e de cuidados intensivos, além de equipamento para salvar vidas".
Também 12 clínicas, dez ambulâncias, um centro especializado para pessoas incapacitadas e duas estações de dessalinização de água foram destruídos.
"Todos os dias mais hospitais, clínicas e ambulâncias são danificados, destruídos e tornados impossíveis de utilizar, reduzindo cada vez mais a capacidade do sistema de saúde para tratar o crescente número de feridos", precisou a OMS.
O Programa Mundial de Alimentos, outra agência das Nações Unidas, informou que conseguiu entregar alimentos de emergência a 160.000 pessoas em Gaza, além das 285.000 a quem habitualmente atribui alimentos.
O primeiro valor implica um aumento de 50.000 alimentos em dois dias, informou o porta-voz da agência, Elizabeth Byrs, em Genebra.
"Dia da raiva"
A Unicef, o Fundo da Nações Unidas para a Infância, afirmou que dez crianças palestinianas foram mortas nas últimas 24 horas por ataques militares israelitas, de um total de 100 mortos nesse período de tempo.
A Autoridade Palestiniana marcou para esta sexta-feira o chamado “dia da raiva”.
Em pleno Ramadão, dia de orações, a segurança foi reforçada em Jerusalém, enquanto no Cairo, no Egipto, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pôs em cima da mesa uma proposta de cessar-fogo a israelitas e palestinianos que está a ser estudada.