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Passos encontrou-se com sobreviventes do massacre de Santa Cruz

24 jul, 2014

Portugal vai ajudar Timor-Leste "a construir um Estado de direito", disse o primeiro-ministro.

Passos encontrou-se com sobreviventes do massacre de Santa Cruz
O primeiro-ministro encontrou-se esta quinta-feira, no Cemitério de Santa Cruz, em Díli, com sobreviventes do massacre que ali teve lugar a 12 de Novembro de 1991, levado a cabo por forças indonésias sobre manifestantes civis timorenses.

"Como chefe de Governo português, quero expressar-lhes o sentimento enorme de fraternidade e de profunda solidariedade que varreu Portugal nessa época", disse Passos Coelho, perante representantes do Comité 12 de Novembro, criado para apoiar os familiares das vítimas e identificar desaparecidos.

Numa intervenção de cerca de cinco minutos, o primeiro-ministro falou da "resistência que o povo de Timor-Leste teve de organizar e de enfrentar para poder ver reconhecido o seu direito à independência".

Dirigindo-se "àqueles que guardam desse passado tão trágico as suas memórias vividas", Passos Coelho referiu que "hoje têm, felizmente, no futuro que se está a construir um motivo de ânimo".

Timor-Leste vive agora "um tempo muito diferente, felizmente, em que se está realmente a construir um Estado de direito", disse o primeiro-ministro, assumindo em nome de Portugal o "compromisso de não falhar na ajuda" à sua construção.

Apesar de não constar do programa oficial, Passos Coelho deslocou-se ao Cemitério de Santa Cruz no âmbito da visita oficial que iniciou esta quinta-feira à República Democrática de Timor-Leste, a primeira de um primeiro-ministro português a este país desde que foi reconhecida a sua independência, em 2002.