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Em 12 dias de violência, morreram 325 palestinianos e três israelitas

19 jul, 2014

"Vivo no medo à espera da morte. Já não sei o que é mais difícil – se viver ou esperar a morte", diz o palestiniano Ali Mahmoud, que mora há 40 anos em Gaza.

Em 12 dias de violência, morreram 325 palestinianos e três israelitas

A ofensiva militar terrestre israelita na Faixa de Gaza já fez pelo menos 325 mortos, 70 dos quais crianças, e a maior parte das vítimas eram civis, segundo números avançados pela Autoridade Palestiniana, citados pela agência Reuters.

No lado israelita, o conflito, que dura há 12 dias, resultou em três mortes: um soldado e dois civis.

Israel enviou tropas para a Faixa de Gaza na quinta-feira, depois de dez dias de bombardeamentos não terem conseguido travar o lançamento de "rockets" de Gaza.

O exército israelita afirma que os seus engenheiros concentram-se numa zona com 2,5 quilómetros com um único fim: destruir unidades de lançamento de "rockets" e os túneis escavados pelo movimento islamita Hamas, depois da última explosão de violência na Faixa de Gaza, em 2012.

O Hamas diz que usou um destes túneis para entrar em território israelita este sábado. O exército israelita confirma o incidente, perto da zona central de Gaza, que, segundo os militares, resultou na morte de um militante do Hamas e ferimentos em quatro soldados israelitas.

Este sábado, os palestinianos lançaram pelo menos 18 "rockets" para Israel. Uma pessoa morreu e quatro ficaram feridos, incluindo duas crianças, numa vila beduína do sul, informou a polícia israelita.

"Vivo no medo à espera da morte. Já não sei o que é mais difícil – se viver ou esperar a morte", afirmou à Reuters o palestiniano Ali Mahmoud, que mora há 40 anos no norte da cidade de Beit Hanoun, em Gaza.

tensão entre os territórios vizinhos aumentou depois da morte de três estudantes judeus, que Israel atribui ao Hamas. O movimento palestiniano não confirma, nem desmente o envolvimento nessas mortes.