Cinco pessoas terão morrido num ataque a uma barricada controlada por separatistas pró-russos, esta madrugada, na Ucrânia.
O número é avançado pela televisão estatal russa, que indica que três dos mortos são separatistas e dois pertencem ao grupo que os atacou.
Segundo os activistas pró-russos, o grupo que os atacantes pertenciam a um grupo de direita, leal a Kiev. Este é até ao momento o incidente mais grave a verificar-se desde que começou a tensão no Leste da Ucrânia, onde algumas cidades e vários edifícios governamentais estão nas mãos de militantes pró-russos.
Uma testemunha citada pela Reuters identificou dois corpos na barricada de Slaviansk, um dos quais com marcas de tiros na cabeça e na cara. Um dos mortos estava vestido de camuflado e o outro com roupas civis.
Moscovo já reagiu, dizendo que estas mortes comprovam a incapacidade de Kiev de desarmar "nacionalistas e extremistas", em referência ao grupo de direita que alegadamente levou a cabo o ataque. Mas o grupo, chamado Sector de Direita, respondeu acusando Moscovo: "Foi uma provocação blásfema da Rússia. Blásfema porque numa noite sagrada para os cristãos, a noite de Páscoa. Claramente isto foi obra das forças especiais da Rússia", afirmou o porta-voz Artem Skoropadsky.
O tiroteio teve lugar apesar de as autoridades ucranianas terem decretado um
cessar-fogo durante estes dias, por causa da Páscoa. Este ano a data da mais importante festividade cristã é a mesma para cristãos ocidentais e orientais.
[Notícia actualizada às 13h10]