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Ucrânia à espera. Está na hora dos separatistas entregarem armas

14 abr, 2014

Reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi inconclusiva e ficou marcada por troca de acusações entre a Ucrânia e a Rússia.

Ucrânia à espera. Está na hora dos separatistas entregarem armas

Terminou o prazo concedido pelo governo interino de Kiev para que os activistas pró-Rússia entreguem as armas. O presidente interino da Ucrânia, Alexander Turchinov, ameaça utilizar o Exército já esta segunda-feira caso não seja respeitado o ultimato.

O conflito na Ucrânia voltou a subir de tom este fim-de-semana, depois de alguns edifícios governamentais terem sido tomados de assalto em pelo menos duas cidades. Neste recrudescer do quadro de tensão, realizou-se esta madrugada uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O encontro acabou por ser inconclusivo e ficou marcado pela troca de acusações entre Ucrânia e Rússia.

Na reunião pedida por Moscovo, as autoridades ucranianas asseguraram que o país está a ser ameaçado por uma operação terrorista em grande escala, orquestrada pela Rússia, e garantem ainda que o Governo de Kiev não vai permitir que se repita a situação da Crimeia.

Já o embaixador russo na ONU acusou alguns países de não quererem ver as verdadeiras razões do que se passa na Ucrânia. O representante da Rússia insistiu que cabe ao Ocidente fazer algo para "evitar uma guerra civil".

Vitaly Churkin pediu a Kiev para encetar um diálogo genuíno. Apelou também às autoridades ucranianas para não usarem a força contra os manifestantes pró-russos.

Na resposta, o embaixador ucraniano nas Nações Unidas, Yuriy Sergeyev, afirmou ter sido Moscovo a criar a crise no leste do país e reiterou o ultimato do presidente interino da Ucrânia.