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Ramos Horta “muito encorajado” com ambiente de eleições em Bissau

13 abr, 2014

Enviado especial da ONU à Guiné-Bissau dá conta de um ambiente calmo em todas as zonas que já visitou e que “a vida decorre normalmente”. José Ramos Horta chama ainda a atenção para a ausência de conflitos durante os comícios dos últimos dias.

Este domingo é dia de eleições presidenciais e legislativas na Guiné-Bissau, as primeiras depois do período de transição. Não há qualquer relato de incidentes e a adesão está a ser significativa. O enviado da ONU ao país, José Ramos Horta, mostra-se optimista.

“Pus-me em circulação a partir das 7h00. Percorremos já uma dúzia de assembleias de voto, desde o centro de Bissau a bairros pobres e bancas. O ambiente está muito calmo e vê-se pouca segurança; vê-se a vida a decorrer normalmente”, descreve em entrevista à Renascença.

“Todas as assembleias de voto abriram à hora: às sete em ponto. Devo dizer que estou muito encorajado pelo ambiente, sem qualquer tensão”, acrescenta.

Ramos Horta salienta ainda a calma com que decorreram os comícios dos últimos dias, em que candidatos rivais falaram a poucos metros de distância e não houve qualquer incidente.

“Já há vários dias tem havido grandes comícios e campanhas dos partidos e ao lado está o candidato oposto, mas não houve qualquer incidente entre os milhares de apoiantes dos dois lados, que estavam separados por poucos metros”, refere.

No país, a acompanhar o acto eleitoral, estão cerca de 400 observadores internacionais. Os primeiros resultados devem ser divulgados de madrugada, mas só no final da semana vão ser conhecidos os resultados definitivos.

Há 13 candidatos presidenciais e 15 partidos concorrem à Assembleia Nacional Popular.