Interpol afasta hipótese de atentado no avião da Malásia

O director da Interpol, general Ronald Noble, afirmou que está inclinado a pensar que o desaparecimento do avião da Malaysian Airlines não se deveu a um acto de terrorismo.

“Quanto mais informação recolhemos, mais nos inclinamos a concluir que não foi um incidente de terrorismo”, afirmou.

Ao quarto dia de buscas ainda não há qualquer sinal do avião que desapareceu, na noite de sábado, com 239 passageiros a bordo.

A hipótese de acto terrorista ganhou alguma consistência quando se soube que dois dos passageiros tinham embarcado com passaportes falsos. Os dois homens, já foram identificados como Pouri Nourmohammadi, de 18 anos e Delavar Syed Mohammad Reza de 29, não terão, todavia, ligações terroristas. A utilização de passaportes falsos é um recurso frequente para tentar entrar ilegalmente na Europa e, de facto, ambos os passageiros tinham como destino final dos seus bilhetes cidades europeias. Ao que a Interpol apurou, um dos iranianos estaria a caminho da Alemanha para visitar a mãe e possivelmente para tentar ficar a viver no país.

As buscas pela aeronave continuam mas com cada dia que passa adensa-se o mistério sobre como ela pode ter desaparecido sem deixar qualquer rasto, nem em terra nem no mar.

[Notícia actualizada às 13h44]