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Observadores novamente impedidos de entrar na Crimeia

07 mar, 2014

Em resposta à União Europeia, a Rússia não aceita a "linguagem das sanções e das ameaças".

Observadores novamente impedidos de entrar na Crimeia

Pelo segundo dia consecutivo, observadores militares da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram impedidos de entrar na península da Crimeia, no sul da Ucrâniam, por um grupo de homens armados.

A Rússia alega que os observadores não têm “convites oficiais” das autoridades daquela região autónoma da Ucrânia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo acrescenta que os 47 elementos da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, oriundos de 25 dos 57 países membros, devem aguardar por esses convites.

Rússia não aceita “linguagem das sanções e das ameaças”
A diplomacia russa escolheu esta sexta-feira palavras duras para responder às sanções políticas a Moscovo que os 28 líderes da União Europeia aprovaram quinta-feira durante a cimeira de urgência.

"Não aceitaremos a linguagem das sanções e das ameaças", refere o comunicado do ministério dos Assuntos Externos russo, conduzido por Sergei Lavrov, citado pela Reuters.

A UE lançou algumas medidas de represálias políticas pela ocupação de tropas russas na Crimeia, entre as quais a suspensão do diálogo bilateral sobre vistos e o novo acordo que regerá as relações entre os dois blocos vizinhos. "Uma decisão extremamente pouco construtiva", classificou o ministro russo.

As sanções europeias mas brandas que as adoptadas pelos EUA evitam, por enquanto, entrar na área económica, mas podem endurecer caso a Rússia não inicie um diálogo com o governo de Kiev nos "próximos dias". No próximo nível sancionatório, Moscovo habilita-se ao congelamento de activos e proibição de viajar para a UE de dirigentes russos, numa cópia do que já aprovou ontem a administração.

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